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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Bola de futebol

Ontem postei sobre ter encontrado duas bolinhas de tênis. Depois fui jogar bola com o cachorro e levei junto meu sobrinho de seis anos. Contei sobre a árvore que engoliu a bola, ele achou muito engraçado e não teve dúvida, arremessou a bola na direção dela. Não deu outra, perdemos a bola de futebol. Tentei tirar mas cortei minha mão toda pois ela tem folhas grossas e espinhos na borda delas. Demos muito risada porque sabia que por mais que tentasse e brigasse, a árvore engoliria mais uma bola. Nossa velha e murcha bola de futebol.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Bolinhas de tênis

Tudo que vai, volta. Recebemos o que damos.
De um modo ou de outro já devem ter ouvido falar disso, talvez em outras palavras. Isso funciona em pequenas e grandes coisas na vida. Saia por aí sorrindo, vai receber sorrisos. Saia irritado e impaciente, vai ter um dia cheio de encontros com pessoas igualmente (ou mais, o que é ainda pior...) irritadas e impacientes.
Acredito que tudo é física, energia, atração, ação e reação. Sou fã de Tesla por isso, ele explicava esse fenômeno pela física, mas nem todos entendem assim, então criam-se maneiras diversas de dizer a mesma coisa. Com livros como "O Segredo", e outros nessa linha. É tudo a mesma coisa. Não criticando o livro, é legal, simples de assimilar se estiver disposto a fazer. Mas tem um que acho mais legal, mais antigo, mais físico. Se chama "A Chave Mestra".
Só quero dar um exemplo bem simples, outro dia que saí com meu porquinho para jogar bola, usamos a de tênis, uma árvore engoliu a bolinha e nunca mais a achamos. Ontem estava passeando as puguinhas e perto dali tem uma escola de tênis. Encontrei uma bola na ida e outra na volta. A vida me devolveu duas bolinhas. É óbvio que devem voar várias bolinhas por dia para fora da quadra, mas quem as encontrou ontem fui eu.
Boa sorte, pense nas coisas que deseja, deseje as coisas nas quais pensa. Deseje com o coração e a mente.



 

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Brasil x Argentina

Não sei como surgiu a rixa Brasil x Argentina. É um fato notório principalmente em jogos de futebol. Conheci alguns argentinos na vida, e metade deles eram os típicos argentinos, que achamos, no mínimo, arrogantes. Um deles me disse que a coca-cola argentina era melhor que a mexicana e a brasileira. A outra metade era simpática e divertida. Trabalhei com um deles por um tempo e sempre nos entendemos bem. Talvez porque ele estivesse em minoria entre brasileiros e uruguaios, mas parecia mais brasileiro que argentino. Acredito, sejam esses argentinos, que não se acham superiores, que fazem os filmes que acho divertidos. É por eles que tenho me apaixonado. Pelo que me lembro, o primeiro filme argentino que assisti foi "Nove Rainhas", com Ricardo Darín. Depois de descobrir este ator, assisti mais alguns filmes com ele, todos bons, diferentes do padrão americano ao qual estamos acostumados. E esta semana assisti "Medianeras". Queria ter visto no cinema, estava em cartaz na mesma época que "Um Conto Chinês", mas não deu tempo. Assisti no TC Cult. É delicado, retrata bem a vida contemporânea, muito contato virtual, solidão, mas sempre a esperança de encontrar alguém com quem valha à pena viver junto. Gostei de várias cenas, me identifiquei com muitas coisas no filme, cachorros, passeios com cachorros, Daniel Johnston, manias, mochilas, fugas.
É universal que os homens tenham mais facilidade de seguir em frente do que as mulheres após o fim de um relacionamento. Em geral é assim, mas sempre temos exceções. Os homens saem tentando mais, as mulheres esperam um pouco para passar a dor. E cada um a seu modo busca um par na quadrilha. Costumo dizer que ninguém é perfeito mas dentro das suas imperfeições, é perfeito para alguém.


domingo, 28 de outubro de 2012

Barbaridades

Em tempos de julgamento do mensalão não tem como ignorar o que acontece. Um breve comentário sobre o que acredito que ainda vai acontecer. Após tantas acusações tenho convicção (e esperança) que ainda sobre um "acusado" para o ex presidente, aquele que nada sabe, nada viu. Marcos Valério deixou bem claro, após ser acusado, que ainda não sobrou para ele porque ninguém quis falar. Ainda. Mas conforme a situação vai progredindo, alguém vai falar e nada mais poderá protegê-lo. Outra coisa que me irrita é a posição de José Dirceu e Genoíno, de quererem se safar alegando que lutaram pela democracia do país. Ok. Mas uma vez no poder, me pergunto se lutaram pela democracia ou pelo próprio poder, pela oportunidade de ser a situação e não mais a oposição. É muito confortável querer se justificar assim, eu era honesto até me corromper, me julguem por quem eu era antes de me corromper. Absurdo! Só se corrompe quem é corruptível. 
Me lembrei de um episódio, logo que saiu essa história de mensalão, dinheiro escondido na cueca (parece piada, tirinha do Angeli!), o ex presidente, após muita pressão da mídia, se pronunciou dizendo que não sabia de nada. Em 11 de agosto de 2005 escrevi ao Painel do Leitor, na Folha falando a respeito disso. Coincidentemente ele se manifestou no dia seguinte, trafulha.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1108200511.htm

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Fora do Papel

Hoje li sobre o lançamento do mini iPad. Fiquei muito curiosa para ver um. Tenho o iPad 1 desde fevereiro de 2011, uma pessoa trouxe para mim de NY. Quase um mês depois foi lançado o 2 aqui no Brasil. E desde então percebi que é um artigo bem comum entre as pessoas, para usos variados. Quando estava pensando em comprar, e precisava decidir logo antes que a pessoa que o trouxe voltasse dos EUA, um amigo meu me falou das vantagens de ter um, e se encaixava no uso que teria dele. Apesar de nunca ter tido um na minha mão, havia lido sobre o aparelho e foi fácil decidir pela compra. 
Imaginava que leria muito nele, mas isso não aconteceu. Leio muito material da internet, mas dos livros que baixei não li realmente nenhum inteiro. Adoro olhar para a prateleira virtual, ver os volumes dos clássicos, com visual de capa dura, antigos. Tinha muitos mais, porém quando atualizei do iOS5 para o iOS6 perdi muitas coisas, jogos, aplicativos e todos os livros. Agora minha pequena prateleira está bem mais vazia, não tive muita paciência para baixar tantos livros e me comprometi a só fazer isso depois que lesse todos que estão ali. Ainda não li nenhum.
Me pergunto se o papel será mesmo extinto, livros, revistas, jornais, tudo isso. Acho que um dia sim, mas por enquanto ainda tem muita gente que prefere papel, e o virtual vai se infiltrando mais nas novas gerações. Estou no meio termo, adoro baixar livros e revistas, mas na hora de ler prefiro o real, nas minhas mãos. E ainda adoro passear por uma livraria, espero que elas ainda existam por muito tempo!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Chuvinha



Ontem foi um dia muito quente por aqui, mas durante a noite começou a ventar e chover. Esse vento que vem antes da chuva tem um cheiro muito bom mesmo na cidade. Hoje choveu o dia todo. Mais forte, mais fraco, mais fino. Parou, começou de novo. Saí na rua duas vezes para tomar chuva. Bem, não foi para tomar chuva, fui fazer minhas coisas, mas não levei guarda-chuva de propósito na esperança de que chovesse. Deu certo. Tomei uma chuva boa, daquelas que só refrescam, quase não molham muito. Adoro.
E fico pensando que isso é bom aqui, no clima tropical, que refresca. Imagino como deve ser na Finlândia, Noruega, Suécia, Dinamarca, Inglaterra, Irlanda. Dias seguidos de chuva e frio, dias curtos de poucas horas de luz natural. Dizem que as pessoas ficam deprimidas em climas assim, mesmo as pessoas naturais da região. Deve ser um tanto deprimente mesmo. Mas se as pessoas tem o que fazer e tem companhia deve ser mais confortável. Porque até aqui, abaixo da linha do Equador, se você está só, sem amigos, sem o que fazer, é deprimente. Pode ter o sol que for.
Passei grande parte da vida sozinha, e em uma época não me importava de ir sozinha ao cinema, a um aniversário. Eu me bastava. Mas depois de um tempo comecei a achar minha companhia muito chata. Então não é bom ser tão sozinha. Acho importante que você consiga ficar sozinho, que saiba ficar com você mesmo, porque haverá um momento na vida que isso vai acontecer, e terá que se deparar com você apenas. Mas não pode se isolar, se afastar dos amigos e das pessoas que gostam de você. Ninguém consegue realmente viver bem sozinho. Desejo a todos que consigam boa companhia para toda a vida, que saibam identificar as pessoas que devem entrar na sua vida e jamais sair, apesar do tempo ou da distância. Tenho poucos amigos, mas posso contar com cada um deles.


           "Todos querem felicidade, ninguém quer sofrer.
           Mas não pode haver arco-íris sem uma chuvinha."

Olhar de cão

Costumo me deitar no chão da varanda para olhar o céu e relaxar, mesmo sendo um pedaço do céu entre edifícios. De dia as nuvens, de noite as estrelas. Fazia isso quando era criança, no quintal. Me relaxa. E deito na pedra fria do lado do porquinho. Então ele se vira, dá uma abanada de rabo sonolenta, fica olhando o mundo de ponta cabeça.
É engraçado como os cachorros demonstram afeto, eles se viram na nossa direção, ficam perto, nos chamam a atenção com uma patada, um olhar insistente. As pessoas não sabem fazer isso. Amar por amar, sem medo de ouvir não, de serem rejeitadas, de não alcançar as expectativas. Sentem até medo de serem amadas. 
Precisamos aprender a nos virar na direção de quem gostamos para não corrermos o risco de não ver a pessoa quando ela estiver indo embora. Depois pode ser tarde demais.

sábado, 20 de outubro de 2012

Filmes & Seriados



Hoje está bom para falar de filmes.

Assisti novamente "Além da Vida" (Hereafter -
http://www.imdb.com/title/tt1212419/). É um filme para se assistir com a cabeça aberta porque senão pode parecer meio chato para algumas pessoas. Apesar que os filmes de Clint Eastwood geralmente são muito bons. Gosto dele como ator e diretor, tem sensibilidade e delicadeza e muito bom gosto para trilhas sonoras. Quando este filme saiu no cinema lembro de ter lido uma crítica que falava muito mal dele, quase chamando o diretor de brega. Nunca levo em consideração as críticas do jornal, porque é a opinião de uma pessoa apenas. Mas gosto de ouvir o cara da Estadão ESPN, Luiz Carlos Merten, pois até quando ele não gosta de um filme, fala com tanta leveza que dá vontade de assistir mesmo assim. Uma boa dica dele, me lembro que saí do trabalho e fui direto ao Unibanco na Augusta para assistir, foi "Um Conto Chinês" (Un Cuento Chino - http://www.imdb.com/title/tt1705786/), filme argentino, muito divertido, com Ricardo Darín. Valeu à pena.

Outro filme legal que assisti outro dia foi "À Procura de Eric" (Looking for Eric -
http://www.imdb.com/title/tt1242545/). Filme inglês, que tem a participação do ex jogador de futebol, o francês Eric Cantona como ele mesmo. Depois descobri que ele já havia feito outros filmes, gostei muito dele como ator, e o papel dele no filme é muito divertido. Tem algumas cenas de jogos com os golaços dele enquanto jogador do Manchester United, bem legal.

Uma dica de seriado, comedinha fora do padrão, é "Up All Night", no Universal Channel, quintas às 23h. E essa semana, se não me engano, estréia quinta às 22h, também no Universal Channel, "Elementary", baseada em Sherlock Holmes, uma versão com um Watson mulher. Acho que será legal.

Adoro as estórias de Sherlock Holmes, li algumas, vi alguns filmes, gosto muito da versão americana com Robert Downey Jr. e Jude Law, gatíssimos, e Rachel McAdams é perfeita como Irene Adler, que aparece em algumas estórias nos livros e era o grande amor de Holmes. E quem assiste o doutor House deve saber que ele foi baseado em Sherlock Holmes também. Não é à toa. O autor dos contos de Sherlock Holmes, Sir Arthur Conan Doyle, além de grande escritor era médico. Holmes=House (percebe como soa?), Watson=Wilson.

É isso. E tchau, que sábado não é dia de ficar em casa!


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O rio corre, né pai?

            

Tudo passa, nada é definitivo, aproveite o momento, a vida é curta, nada é para sempre, não deixe escapar uma oportunidade, um amor. Quantas vezes já ouvimos essas coisas? Quantas vezes realmente vivemos o momento? E depois que ele passa, vira lembrança, vira passado. E temos que deixá-lo passar. Não significa esquecer, apenas (tentar) não nos apegar para dar espaço aos novos momentos que vão chegar e se tornar novas lembranças.
Precisamos construir novas lembranças todos os dias, novos momentos, com novas pessoas, em novos lugares. É a roda da vida girando sem parar. Como dizia meu querido pai "o rio só corre para frente". E nessa hora me lembro de uma música que fala mais ou menos disso, "In my Life", Beatles, sempre.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Vai uma caneca de chá?


                                                Criatividade
                                 Tranquilidade Simplicidade
                        Sinceridade Serenidade Prosperidade



segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Especialidade: nenhuma!

Em 2007 li um livro chamado "Os Novos Renascentistas". Me esclareceu várias nuances da minha personalidade e da minha (in)capacidade de me concentrar em apenas uma coisa ao mesmo tempo. Foco, falta de foco. Com este livro descobri que posso me dedicar a vários assuntos ao mesmo tempo, preciso me organizar, mas é possível e é assim que funciono melhor. Que existem pessoas assim e isso é normal. Que não sou louca! Não é DDA (nem sempre), não é nenhum distúrbio psicológico. É uma característica da personalidade. Ainda sou a louca da família, mas tudo bem.
Não sou nenhum gênio como os citados no livro, capazes de grandes feitos eternizados até hoje, não chego aos pés deles, mas agora, depois de cinco anos comecei a fazer as coisas que queria fazer, por mais desconexas e distintas que fossem.
Minha experiência profissional é vasta e distinta, e me achava perdida por isso, até que um dia um cara que faz coaching me disse que eu não era perdida, era empreendedora (o que demorei a acreditar). Ela conta como hostess de bares de balada na Vila Madalena, de um restaurante fino e discreto  em Higienópolis, dois hotéis internacionais, atendente de room service nas urgências e na falta de alguém que falasse inglês e francês, barista no hotel na madrugada, professora de inglês, tradutora, vendedora de jóias (péssima por sinal, minha melhor venda foi uma aliança muito cara para um noivo que se apaixonou por mim), administradora de um haras falido, assessora de diretoria do melhor patrão que já tive até hoje, um cara excepcional, que me salvou em um momento muito difícil, assistente de marketing e parcerias deste mesmo empresário, recreadora e passeadora de três creches para cães, onde cuidava de uma média de 60 dogs por dia, amor, muito amor! E meu primeiro emprego foi em uma locadora de vídeo.
Estudei inglês (sou meio autodidata nesse caso, aprendi ouvindo Beatles), italiano, francês, e espanhol aprendi no México. Estudei alemão mas não aprendi. Fiz curso de teatro e cinema, de comissária de bordo, drinks e coquetéis e de tudo que se possa imaginar na faculdade, inclusive tosquia de ovinos e construção de cercas. E o que me deixa muito desconcertada é que gostei de todos. Então é (foi) difícil focar em uma atividade e me especializar e ser bem sucedida.
Hoje em dia tenho três objetivos distintos mas consigo me organizar e sei que poderei realizá-los. Há cinco anos atrás namorava um cara que me deixava louca porque me dizia que nada do que eu pensava em fazer daria certo, que teria que escolher uma coisa e seguir. Ouvi seu conselho enquanto estava apaixonada, depois dei-lhe um pé na bunda e voltei a fazer tudo que eu queria. E não me arrependo de nada. Nunca é tarde para seguir o próprio instinto. Agradeço a um amigo especial que me lembrou de como sou capaz. Talvez tenha a chance de um dia dizer-lhe isso pessoalmente.
Quero finalizar dizendo que ninguém tem o direito de te dizer que você não é capaz. O que te move são seus sonhos. Agora sei disso. Não estava louca, estava me preparando.

sábado, 13 de outubro de 2012

O doce

Uma coisa que aprendi ao longo dos relacionamentos é que nunca encontramos "aquela" pessoa que não nos sai da cabeça quando a procuramos em outras pessoas. Não importa quanto tempo passe, quantos encontros tenhamos. Se você encontrou uma pessoa e por algum motivo a vida te afastou dela, não adianta procurá-la em outros beijos, outros braços e carinhos, outros olhares e sussurros. Vai se divertir, se satisfazer, encontrar alguma semelhança até, mas não a ponto de conseguir substituir. Pode juntar todos os momentos de procura e ainda assim não terá a pessoa que você quer. Porque por mais que ela pareça estar longe, ela está bem mais perto do que imagina, ela está em você, em seu coração. Olhe para dentro e deixe que a vida te faça reencontrá-la. Será como chegar em casa após uma longa viagem. É um tanto doloroso, quase insuportável. Mas é a melhor maneira, deixar acontecer. Acredite.


I am the knight in shinning armor!

Minha amiga Fer me enviou esse texto, querida Fer, me conhece um "pouquinho"...tudo haver com hoje.


Arm yourself with courage today to face the challenges in your life. You will not defeat everything that you face, but nothing is defeated until it is faced. Don't let the feelings of fear, uncertainty, and discomfort stop you from making tough decisions. Get out of bed. Turn off the television. Stop wasting time listening to negative conversations, including your own. Limit your distractions. Cancel your pity party. Pull yourself together, and take total ownership for everything in your life. Don't waste your energy or take up space in your mind by blaming others or expecting them to rescue you. You are the knight in shining armor. You hold the key to unlocking your new future. It doesn't matter how many times you have been knocked down...what matters most is that you continue to get back up. It's time to get it on, and move your life forward by taking your power back. Place all bets on you and get busy! You deserve more...much much more!! Make it happen!

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Alice

 
 

Alice seguiu o coelho e caiu em sua toca de tão curiosa que era. Depois sua curiosidade a levou a lugares muito mais longes, sentiu medo e ficou deprimida, chorou como uma criança (que era), encontrou amigos e inimigos. Conseguiu lutar pelo que queria e voltar para casa.

No filme do Tim Burton ela volta para Underland (adaptado de Wonderland, do original) também levada por sua curiosidade, mas muito mais pelo tédio e insatisfação com sua vida e o que lhe programavam para o futuro.



                                     Foi muito deprimente assistir esse filme na época em que o fiz, estava como Alice, querendo um buraco para me enfiar, uma saída excepcional. E ao final, bem tudo passa. Só nós podemos transformar nossa vida, mais ninguém. Não se iluda.

 

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Para ler e sorrir

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa a aprender que beijos não são contratos e nem promessas.
E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende que não importa quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam. E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai ferí-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que leva-se um certo tempo para construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa. Por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou. 
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não te ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não te ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar. Que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!

William Shakespeare

Poeira de estrelas

                   Criar asas sem perder as raízes.
            A cabeça nas estrelas e os pés no chão.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Imagine

Hoje é 09 de outubro. John Lennon nasceu em 09 de outubro de 1940. Faria hoje 72 anos. Infelizmente foi morto em 08 de dezembro de 1980, com 40 anos. Eu nasci em 02 de setembro de 1972, fiz 40 anos. A mesma idade dele quando morreu. São apenas coincidências de números, é que não deixo de pensar no que mais ele teria feito até hoje. Penso em Paul McCartney, na ativa. Imagino um show de John e ele cantando Instant Karma, Watching the Wheels, Starting Over, Stand by Me. Tantas outras.
Uma vez sonhei que estava em uma sala meio pequena para o que ia acontecer. Era bem clara, com muitas janelas grandes e tinha várias cadeiras, como uma apresentação. De repente eu já estava sentada na primeira fila, com meus dois irmãos. Havia um pequeno tablado, se eu estendesse a mão tocava no pedestal do microfone. Então começou o show, dos Beatles! Foi muito legal, parecia muito real, eu pude ouvir três músicas inteiras e vibrava muito. Não consigo lembrar quais eram as três, apenas uma, Oh! Darling.
Acordei muito feliz aquele dia, foi muito legal! Imagina!

The world is still so so wrong, John...

O jogo acabou

Todas as tardes saio com meu cachorro para jogar bola na pracinha dos doidos. Conforme o horário encontro pessoas diferentes. Quando vou cedo tem o senhor que joga pão para as pombas, muito pão, passa uns vinte minutos ali. E as pombas são apenas cinco ou seis. Por enquanto. Tem também a mulher que leva dois yorkshires, um no chão e outro no colo. E toda vez ela me diz a mesma coisa, para tomar cuidado com o que está no chão porque ele morde. Outro dia perguntei se o que vai no colo não anda, ela respondeu que ele se acostumou a ficar no colo, e pelo jeito ela também. Mais tarde encontro um cara com uma vira lata linda, grande, não pára de correr assim que ele a solta. E um casal adolescente que fica namorando e olhando meu futebol com o porquinho. Tem a senhora que vem do centro da cidade e passa e diz que meu porquinho é lindo, fica ali uns minutos, admirando. Mas ontem ela se abriu mais e me contou das cachorras que já teve. Tem um outro cara que encontro de fim de semana, que vai caminhar com a filha deficiente, e o que era para ser uma coisa triste não é! Eles estão sempre rindo, ficam vendo o cachorro correndo atrás da bola, dão risada dos pulos dele. Ontem conheci dois senhores que ficaram assistindo o jogo, depois quando me despedi, um deles veio me dizer que eu o fiz lembrar de uma namorada que teve no Rio Grande do Sul. Se eu estivesse num dia não simpática, daqueles que olho feio se me fitar por mais de dois segundos, não teria ficado sabendo disso, nem de nada das outras pessoas e das suas histórias. Tem ainda um moleque que para e fica olhando o jogo, sorrindo. Outro dia pediu para chutar uma bola. Ficou todo animado, deu uma bica e fez o porquinho ir longe, rápido. O que me surpreendeu foi que o porquinho trouxe a bola perto do menino, geralmente não faz isso. Fica esquivando dos estranhos. Aí o moleque quis chutar ainda umas três vezes, foi embora todo impressionado que o cachorro ia "rapidão". 
Conforme vai entardecendo os idosos vão indo embora, os malucos vão chegando e nós ficamos sentados observando o sol se pôr, os skates fazendo barulho, os doidos ficando mais doidos. É hora de ir embora quando a água acabou e o cachorro descansou.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

À procura...

Fiz uma tradução livre de um trecho da narração de Grey's Anatomy, que ouvia na TV enquanto começava a escrever, pois soou tão bem e era exatamente sobre o que estava pensando. Que as pessoas vivem procurando pessoas e fazendo escolhas. E existem pessoas que gostam mais da procura em si do que encontrar alguém. Nem percebem quando o coração grita "pode parar de procurar, achou seu par na quadrilha!". Seguem na busca, deixando para trás um coração partido e a chance da tal felicidade.
Sou uma romântica e otimista, na maior parte do tempo. Não do tipo que acha que tudo é cor-de-rosa, mas acredito no amor, que é possível amar e ser amado. Ao mesmo tempo! Que existem relacionamentos de amor, não somente de acomodação, medo de ficar só, sei lá mais o que. Aprendi que sentimento não se mede mas sabemos quando o entusiasmo do outro passou e nessa hora a razão diz "caia fora!" e às vezes é simplesmente impossível ouví-la. O oposto também é difícil de fazer. Já gostei mais do que fui gostada e mais gostada do que gostei também. É duro dizer para alguém "tente ser menos apaixonado, está me assustando", é impossível. Ninguém diz isso. Infelizmente.
Então fugimos. Fugimos do excesso de sentimento quando o nosso entusiasmo não está à altura, não daremos conta daquele ser apaixonado. E corremos o risco de cair em um relacionamento seguro, tranquilo, que nos deixa super confortáveis, que não nos dá vontade de correr, de fugir. Um relacionamento sem graça, sem entusiasmo. É preciso arder e se sentir inseguro e ter medo de perder aquela pessoa de vez em quando. E querer ouvir aquela voz que acelera o coração ao mesmo tempo que acalma. Que nos faz perguntar porque, porque? Um oi, um bom dia que nos deixa alegre por horas seguidas. Se tiver isso dos dois lados, puta, que sorte, equilibrar a gangorra! De repente descer e subir de novo. Isso que deve existir, a emoção, e não ser apenas uma "boa escolha", não é um prato em um cardápio. É o ser que vai compartilhar a vida com você, não queira menos do que pode pode ter, não se contente com pouco! As pessoas temem tanto a solidão que se agarram a um relacionamento ruím ao primeiro sinal dela. Deseje um amor, imagine o que quer em uma pessoa, não fisicamente apenas, mas o que quer dar e receber. Não se sinta seguro. Às vezes é aquela pessoa que te desconcerta apenas com sua presença que vai ser a melhor para você, e não aquela que "combina", sem vibrar, sem te dar frio na barriga. Aquela que tira sua casa da ordem, que te faz ver coisas que você nunca tinha visto, que presta atenção àquilo que só você vê.

"Ainda acredito que o amor é, em grande parte, uma questão de escolhas. É baixar a guarda e fazer seu próprio final feliz, na maior parte do tempo. E que às vezes, apesar de todas as suas melhores escolhas e todas as suas melhores intenções, o destino vence de qualquer modo." (Grey's Anatomy)

domingo, 7 de outubro de 2012

Poetas Brasileiros - II

Eu Não Existo Sem Você (Vinícius de Moraes/Tom Jobim)

Eu sei e você sabe
já que a vida quis assim
Que nada neste mundo
levará você de mim
Eu sei e você sabe
que a distância não existe
Que todo grande amor
só é bem grande se for triste

Por isso, meu amor, não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos me encaminham pra você

Assim como o oceano
só é belo com o luar
Assim como a canção
só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem
só acontece se chover
Assim como o poeta
só é grande se sofrer

Assim como viver sem ter amor, não é viver
Não há você sem mim e eu não existo sem você


Poetas Brasileiros - I

A obra de William Shakespeare, suas opiniões e palavras são muito atuais, gosto de mencioná-lo aqui. Quem lê (quem lê?) meu blog já deve ter percebido. Sou do rock'n roll, porém hoje mencionarei dois poetas/músicos brasileiros, cuja obra gosto muito. Colocarei dois poemas, que quando músicas, são umas das minhas preferidas da dupla. Gosto das versões com piano e apenas Tom Jobim cantando. Nada daqueles arranjos para abertura de novela das oito que começa às nove e meia. Uma dica é o álbum Em Minas ao Vivo: Piano e Voz. Gosto da sequência das faixas 4, 5, 6 e 7.

Água de Beber (Vinícius de Moraes/Tom Jobim)

Eu quis amar mas tive medo
E quis salvar meu coração
Mas o amor sabe um segredo
O medo pode matar o teu coração

Água de beber
Água de beber, camará

Eu nunca fiz coisa tão certa
Entrei pra escola do perdão
A minha casa vive aberta
Abri todas as portas do coração

Água de beber
Água de beber, camará

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Música para ouvir música para ouvir música...

Por que existe música? Não é para aliviar o entendimento depois do estudo e do trabalho diário?
(William Shakespeare)

Tenho um livro daqueles de bolso, de banca de jornal, os 'pocket books', de citações de William Shakespeare, my love. Segunda-feira pensei em escrever sobre música e procurei no livro o que Sir Will tinha a dizer. Por coincidência era o dia da música! Não é legal? Rascunhei um texto mas não publiquei.

Não vivo sem música. Quer dizer, vivo, porém menos alegre. Adoro caminhar e pedalar com fone de ouvido. Isso desde que ganhei meu primeiro 'walkman' do papai Noel, com uns 11 anos de idade. Meu irmão disse "agora que ela não conversa mais com ninguém!". Certa vez li que fones de ouvido distraem. Já sou distraída por natureza. São quase letais para mim atravessando a rua com uma música muito querida. Tanto quanto pedalar, mas de vez em quando me arrisco. Agora tenho um capacete.
Hoje em dia sou mais cautelosa com o volume pois eles me renderam perda de audição, pequena, mas irreversível.
Porém não deixei de ouvir meu rock'n roll por isso. Sou mais comedida mas ontem, por exemplo, estava jogando futebol com meu cachorro na pracinha e começou a tocar uma música que amo, aumentei o volume do 9 para o 11...uau...depois para o 13...aí voltei para o 11 porque não quero ficar surda. Mas a música era digna de 17! Mais um TOC meu, volume do som sempre em números ímpares. Ai, não devia ter mencionado isso.
E adoro ouvir música na estrada com os vidros abertos, e na hora do banho, lavando louça, fazendo faxina, na hora de acordar, de dormir, de beber, de namorar, de trabalhar. Toda hora é uma boa hora para ouvir música. Alegra a alma.

                                     Paz & Amor & Música