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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Olhar de cão

Costumo me deitar no chão da varanda para olhar o céu e relaxar, mesmo sendo um pedaço do céu entre edifícios. De dia as nuvens, de noite as estrelas. Fazia isso quando era criança, no quintal. Me relaxa. E deito na pedra fria do lado do porquinho. Então ele se vira, dá uma abanada de rabo sonolenta, fica olhando o mundo de ponta cabeça.
É engraçado como os cachorros demonstram afeto, eles se viram na nossa direção, ficam perto, nos chamam a atenção com uma patada, um olhar insistente. As pessoas não sabem fazer isso. Amar por amar, sem medo de ouvir não, de serem rejeitadas, de não alcançar as expectativas. Sentem até medo de serem amadas. 
Precisamos aprender a nos virar na direção de quem gostamos para não corrermos o risco de não ver a pessoa quando ela estiver indo embora. Depois pode ser tarde demais.

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